terça-feira, 23 de agosto de 2016

Os cachos do exemplo

É, o blog anda meio devagar.  Depois de excelentes contribuições que fizeram muito sucesso, não tive mais submissões de artigos ao blog.  E como a vida anda em um ritmo frenético, me senti justificada em deixar o assunto quieto por um tempo.  No entanto, o Espírito tem testificado no meu coração neste tempo de uma maneira muito forte que eu preciso ser um exemplo também neste assunto.

Esse ser modelo para alguém às vezes requer de mim mais trabalho do que eu gostaria.  Veja o meu cabelo por exemplo: desde que me casei tenho aderido às escovas e chapinhas pela praticidade.  Só quem tem cabelo crespo sabe como é não ter o direito de desembaraçar o cabelo sem antes lavar e condicionar e, claro, manter um penteado apoiada em um arsenal de finalizadores, óleos e afins.  Nem passava mais pela minha cabeça voltar a essa vida pois considero que existe muita coisa com as quais me importo mais!  Até que percebi que minha filha mais velha deu para reclamar do seu cabelo e dizer que não gostava mais dele.  O cabelo dela não é crespo como o meu, mas é bastante volumoso e tem muitos cachos de um tom castanho claro um tanto avermelhado que ganha muitos elogios por onde passa.

Nessas horas que a gente se descobre realmente mãe!  Vendo que a atitude de manter o meu cabelo natural se tornara uma questão de ensinar minha filha a se amar do jeito que ela é, deixei a praticidade de lado e estou naquela luta diária com o espelho que eu esperava nunca mais travar.  Na verdade isso só foi possível porque nos últimos seis meses não fui feliz em nenhum cabelereiro e estava justamente naquela hora decisiva em que retornaria ao meu antigo.  Acontece que desde o primeiro dia em que deixei o secador de lado, a menina não comenta mais nada sobre o seu cabelo. Às vezes reparo nela se admirando no espelho e se sentindo a garota linda que ela é.



Pensando justamente nisso, lembrei-me de quando nos batizamos na Igreja e minha vó ficou muito preocupada com essa nova religião que entrara na nossa vida.  Orando e preocupada, ela comentou com uma irmã na congregação dela que acalmou o seu coração.  Acontece que essa irmã era vizinha de uma família mórmon e tinha uma relação de amizade com eles.  Ela contou para minha vó que sempre que precisavam viajar deixavam a chave da casa com ela para que molhasse suas plantas.  Pela maneira que aquela família cuidava e mantinha seu lar, ela sabia que eles eram verdadeiros discípulos de Jesus Cristo e que a minha vó não tinha com o que se preocupar.

Essa família fez um grande bem para a minha e tenho certeza que eles nem suspeitam disso.  Sua vida foi a própria "carta de Cristo", "escrita, não com tinta, mas o Espírito do Deus vivo, não em tábuas de pedra, mas nas tábuas de carne do coração" (2 Cor 3:3).  Espero que de alguma forma, a constância em testificar sobre a eficácia dos ensinamentos do Salvador na minha vida mostre algo para minha família e para os meus amigos que eu mesmo não sei o que é.

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